2018 ainda não chegou à metade e o ano promete ser um dos mais perturbadores. Cinematograficamente falando, claro. Depois das notícias bizarras sobre o remake de Suspiria, agora foi a vez de Lars Von Trier e o seu The House That Jack Built atrair à atenção da mídia.

Exibido em sessão especial (fora de competição) na noite de 14/05 durante o 71º Festival de Cannes, o longa causou repúdio em parte da plateia que decidiu abandonar a sessão. De acordo com diferentes fontes, mais de 100 espectadores deixaram a sala. Segundo o Variety, o trecho que iniciou a dispersão coletiva mostra o protagonista título (interpretado por Matt Dillon) atirando em duas crianças com um rifle de caça.

A sessão para os veículos especializados, que ocorreu na manhã do dia 15, também provocou algumas vaias, porém, o que prevaleceu foram os aplausos. A imprensa estrangeira teve reações de amor e ódio. O IndieWire resumiu muito bem a ambivalência que o filme causa: “É horrorizante, sádico, e provavelmente brilhante”.

Von Trier estava afastado do evento desde 2011, quando se tornou persona non grata por dizer a jornalistas do mundo todo que “entendia Adolf Hitler”. O cineasta dinamarquês se desculpou, dizendo que tudo não passava de uma “brincadeira sarcástica”, mas o estrago já havia sido feito.

Considerado o longa-metragem mais perverso e sádico de sua carreira, The House That Jack Built já tem data para estrear no Brasil: 7 de dezembro.