Apollo18

Produzido por Timur Bekmambetov (O Procurado), o horror Apollo 18 parece uma espécie de documentário feito sem edição e com sequências um tanto quanto bizarras, que lembram outros filmes. A analogia cinéfila mais clara é com certeza da mistura entre Atividade Paranormal e Alien – O Oitavo Passageiro. Já a narrativa lenta e os movimentos de câmera que incomodam remetem a “Cloverfield”.

Dirigido pelo estreante em longas hollywoodianos Gonzalo López-Gallego com o irrisório orçamento de 5 milhões de dólares, Apollo 18 segue a cartilha dos mockumetaries à risca. O longa faz crer que houve uma décima oitava missão à lua – o projeto desenvolvido pela agência espacial norte-americana encerrou com a Apollo 17 em dezembro de 1972 – e estaríamos assistindo as “gravações perdidas” desta expedição.

O som criado para provocar medo, tenta ser o impulso que dita o tom da história. O roteiro parece ser feito num envolto à paranóia “Estados Unidos x URSS” que se estabeleceu na década de 70, com óbvias referências às corridas espaciais e aos boatos da época. Filmes que se passam nesse período, muitos deles, fazem menções ao famoso caso Watergate, esse não foi exceção.

A pergunta que tenta guiar o filme e interagir com o espectador é a seguinte: “O que eles estão fazendo lá em cima?” Quem se apega a essa pergunta, mencionada por um dos personagens no meio do longa, consegue uma certa sintonia com aquilo tudo que está sendo reproduzido na telona.

Com direito à maquiagens que lembram muito as usadas por Linda Blair em O Exorcista e menções à aracnídeos intergalácticos como ocorre em Tropas Estelares, Apollo 18 pode até agradar aos fãs de falsos documentários, mas no geral deixa muito a desejar.

(2/5)
Apollo 18 (Apollo 18)
Estados Unidos, 2011 – 90 min.
Direção: Gonzalo López-Gallego. | Roteiro: Brian Miller e Cory Goodman.
Elenco: Warren Christie e Lloyd Owen.