George Romero George A. Romero, “o pai dos filmes de zumbis modernos”, faleceu no domingo (16), aos 77 anos. De acordo com a família, o cineasta travava há algum tempo, uma severa batalha contra um câncer de pulmão. Em comunicado oficial, o produtor Peter Grunwald, parceiro de Romero em inúmeros trabalhos, informou que ele morreu enquanto ouvia a trilha sonora de um de seus filmes favoritos, Depois do Vendaval, clássico de 1952, estrelado por John Wayne.

Nascido no Bronx, em Nova York, o produtor, diretor e roteirista é o autor do aclamado cult que mudou a história do gênero de terror, A Noite dos Mortos-Vivos (1968). Considerado um gênio por nomes como Quentin Tarantino, Brian De Palma e Wes Craven, o trabalho de Romero transcendeu as gerações. Com longas de baixo-orçamento, ele abordava temas como racismo, segregação, desigualdade e consumismo de maneira original.

Outras obras marcantes foram O Despertar dos Mortos (1978) e Dia Dos Mortos (1985) que junto com A Noite, formam a trilogia magnânima que ajudou a definir a mitologia moderna dos zumbi. Depois desses três, Romero voltaria a explorar o gênero com Terra dos Mortos (2005), Diário dos Mortos (2007) e A Ilha dos Mortos (2009).

Fora de sua franquia zumbi, Romero também esteve por trás de outros projetos relevantes, como O Exército do Extermínio (1973), a adaptação Creepshow: Show de Horrores (1982) e A Metade Negra (1993), baseado num conto de Stephen King. Seu último trabalho creditado foi em Day of the Dead, do diretor Hèctor Hernández Vicens, em que aparece como coautor por ter criado os personagens do filme.

George A. Romero deixa a mulher, Suzanne Desrocher Romero, e três filhos — entre eles, o também cineasta George Cameron Romero.