E o mês de agosto terminou mesmo em desgosto: Wes Craven, um dos maiores ícones do cinema de horror, morreu no domingo (30), aos 76 anos de idade, em decorrência de um câncer no cérebro. A informação foi divulgada pela Variety e posteriormente confirmada pelos familiares no perfil oficial do cineasta no Twitter.

Nascido em 2 de agosto de 1939 em Cleveland, Ohio (EUA), Craven começou a trabalhar na indústria cinematográfica durante os anos 1960. Em 1971, produziu ao lado de Sean S. Cunningham (um dos criadores de Sexta-Feira 13), o pornô Together, estrelado pela musa Marilyn Chambers (Atrás da Porta Verde). O sucesso da fita permitiu Wes migrar para a indústria mainstream, ao dirigir Aniversário Macabro, seu primeiro longa-metragem de horror, com um orçamento minguado de 50 mil dólares.

Contrariando todas as expectativas, a obra fez bastante sucesso e Craven passou a ser adorado por uns e odiado por outros. Durante a década de 1970 e 1980 dedicou-se ao gênero, entregando ao público pequenas pérolas de horror: Quadrilha de Sádicos (1977), Benção Mortal (1981), A Maldição dos Mortos-Vivos (1988) e o megahit A Hora do Pesadelo (1984), o filme que apresentou ao mundo o maníaco Freddy Krueger (e Johnny Depp!).

Nos anos 1990, após vários trabalhos pouco significativos, Wes fez as pazes com o sucesso ao criar o Ghostface, o assassino mascarado de Pânico (1996). A fita, que tirava sarro com os clichês de horror, caiu no gosto dos fãs, transformando-se numa franquia bem sucedida, gerando três sequências e uma série de TV (atualmente em exibição pela MTV americana).

Pânico 4 (2011), foi o último longa-metragem dirigido pelo cineasta. Wes Craven deixa viúva Iya Labunka, com quem era casado desde 2004 e órfãos Jonathan e Jessica Craven, seus filhos do primeiro casamento, com Bonnie Broecker. Assista aqui ao nosso especial em vídeo.