Cinema Digital

A Paramount Pictures é o primeiro dentre os grandes estúdios de Hollywood a encerrar a distribuição de seus filmes em película nos Estados Unidos – formato que perdurou desde a aurora do cinema. A empresa noticiou que O Âncora 2: Tudo Por Um Furo foi o último longa a ser lançado no formato 35mm. A partir de agora, começando com O Lobo de Wall Street, os filmes serão distribuídos apenas em formato digital.

A mudança já vinha sendo anunciada há algum tempo e, com a atitude da Paramount, não vai demorar para os outros seguirem o mesmo caminho. A transição já vinha acontecendo há 10 anos, quando os principais estúdios auxiliaram os exibidores a trocar a sua tecnologia pela digital. O principal “responsável” por acelerar esta alteração foi Avatar, de James Cameron, cujo tremendo sucesso comercial em 2009, mostrou o quanto a troca seria vantajosa.

Uma cópia em película custa cerca de US$ 2 mil para ser produzida e distribuída, contra apenas US$ 100 da digital. Além da redução de custos na produção, transporte e recursos humanos para manuseamento dos filmes deixaram de existir, sem falar no progressivo incremento na qualidade de imagem e som das projeções. Numa época em que a rentabilidade financeira determina todas as decisões inerentes a qualquer setor, o digital assume-se como opção privilegiada e perspectivas de maiores receitas de bilheterias.

Nos EUA, cerca de 99% dos cinemas já estão adaptados à novidade. No Brasil, a Agência Nacional de Cinema (Ancine) determinou 2015 como o último ano para que as salas de cinema substituam os projetores analógicos pelos digitais.