French Horror Movies

Enquanto Hollywood vem produzindo refilmagens de terror massivamente, uma geração de cineastas criativos do gênero surgiu em outro canto do planeta. O país de Marques de Sade e de Georges Méliès recapturou a estética violenta que emergiu no auge do horror americano da década de 1970. Nos últimos 15 anos, os franceses são a grande aposta em termos de derramamento de sangue, obscenidade e brutalidade, mantendo a emoção e profundidade durante o processo.

New French Extremism, o gore francês
Este é o termo cunhado pelo crítico James Quandt para designar os filmes transgressores de cineastas franceses, que começou a ocorrer próximo a virada do século XXI. As obras são diversificadas e passeiam entre diferentes temas e influências, mas o que todas elas compartilham em comum é o desejo inabalável de devastar a mente e a alma do espectador, fazendo uso de violência extrema, decadência sexual, tabus e brutalidade.

10. Sheitan (Sheitan, 2006): Este filme mostra outro lado do belíssimo território francês, nos levando a uma vila de caipiras psicóticos que não tratam forasteiros que a visitam com gentileza. Vincent Cassel está excelente como o zelador psicótico deste gore com toques de humor negro.

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9. Desejo e Obsessão (Trouble Every Day, 2001): Mais sutil em sua narrativa do que a maioria dos filmes desta linha, o longa aborda experimentos neurológicos perigosos para estudar a libido humana. Protagonizado por Vicent Gallo, cineasta responsável por Buffalo 66 e Brown Bunny.

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8. Fronteira (Frontier(s), 2007): Um grupo de jovens ativistas foge de um violento protesto de um político de extrema direita e encontram um albergue para se hospedar. Porém, a família que os recebe é muito mais extremista. O longa pega emprestado muito de O Massacre da Serra Elétrica em termos de trama e desenvolvimento da história; e não tenha dúvidas quanto ao banho de sangue.

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7. Irreversível (Irreversible, 2002): O segundo filme de Gaspar Noé se move em ordem cronológica inversa para descrever os efeitos devastadores de uma noite que inclui um estupro e um ato de vingança equivocado. Combinando tecnologia, técnicas de filmagem e uma trilha sonora esmagadora, o filme foi projetado para ter o máximo impacto visceral – e consegue.




6. Sombra (Sombre, 1998): O ponto forte da fita é a ausência de conteúdo moral e convencional. Esta história de amor entre um serial killer e uma mulher é contada com pouco diálogo e atmosfera experimental. Assista preparado para uma jornada sensorial.

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5. Em Minha Pele (Dans Ma Peau, 2002): Marina De Van dirige, escreve e protagoniza um dos filmes mais difíceis de assistir desta lista. Trata-se de um retrato íntimo e plausível de uma mulher que viveu sua vida no piloto automático até que finalmente encontra uma maneira de se sentir viva: se auto-mutilando. Perturbador e angustiante.

4. A Invasora (À L’intérieur, 2007): O desenrolar do longa é uma perseguição implacável de uma assassina violenta e uma mulher grávida. As duas protagonistas femininas são fantásticas e conseguem fazer cada uma das circunstâncias extraordinárias do filme parecer muito real, assustador e claustrofóbico.

3. Baise-Moi (Baise-Moi, 2000): Um dos mais transgressores da lista, esta fita definitivamente não é para quem se ofende facilmente. É criticado por onde passa, não tem muita qualidade em efeitos e as cenas de sexo explícito são reais. Ame-o ou odeie-o, Baise-moi é um ícone da violência feminina e cinema amador controverso em sua melhor forma.

2. Alta Tensão (Haute Tension, 2003): Duas estudantes universitárias viajam para uma fazenda para estudar e relaxar, mas na mesma noite terão que lutar com um violento intruso para sobreviver. Alta Tensão abriu as portas para o diretor e roteirista Alexandre Aja se sobressair no cinema de horror mundial, sendo ele o responsável pelos bons remakes de Viagem Maldita e Maníaco. O filme faz perfeito jus à ideia do termo New French Extremism: é brutal, intenso e altamente recomendado.

1. Martyrs (Martyrs, 2008): Um dos longas mais falados do Festival de Cannes de 2008, começa como uma fita de vingança brutal e aos poucos se transforma em uma história de horror avassaladora que não vai sair da sua cabeça tão cedo. O diretor e escritor Pascal Laugier criou uma obra perturbadora e sangrenta, mas também instigante e bonita, que faz deste um dos melhores filmes de horror dos últimos anos.