Os marketeiros da indústria cinematográfica sabem muito bem que a propaganda é “a alma do negócio” e, quando suas brilhantes ideias para divulgação de um filme ultrapassam os “limites da moral e dos bons costumes”, os ortodoxos órgãos censores entram em ação para vetá-los. Confira abaixo uma série de dez posters que acabaram proibidos por apelar demais para a conotação sexual na hora de vender seu “peixe”:

10. O Proscrito (The Outlaw, EUA 1943): Jane Russell, que partiu desta para melhor em 2011, foi a primeira das musas a causar furor entre os membros da MPAA – órgão que regula a censura nos EUA – com este sensual cartaz de O Proscrito. O filme causou polêmica e foi banido exatamente porque os censores implicaram com os decotes usados pela atriz que deixam seus seios quase à mostra. Coisa do passado, trivial nos dias de hoje.

9. Teeth – A Vagina Dentada (Teeth, EUA 2007): O título desta comédia de humor negro é praticamente um spoiler assustador, e, não bastasse sua temática bizarra e nonsense, vários posters provocativos foram lançados para promovê-la. Este aqui, simulando um radiografia da carnívora protagonista, teve sua proibição imediata.

8. Doce Vingança (I Spit On Your Grave, EUA 2010): Os britânicos acharam inapropriado (e com razão) um filme que fala de uma mulher estuprada cruelmente trazer em seu poster promocional uma garota em pose sensual. Uma vez que a história também implica vingança, os censores entenderam que o filme promovia o sadismo. O remake do clássico setentista também teve seus cartazes substituídos na Espanha e em Portugal.

7. Regras da Atração (The Rules of Attraction, EUA 2002): Embora veiculado em alguns países mais liberais como França e Canadá, este cartaz com bichinhos de pelúcia praticando algumas posições interessantes do Kama Sutra foi banido dos EUA. As pelúcias foram o principal motivo da proibição, já que o uso não é permitido em anúncios que não tenha crianças como público-alvo.

6. Os Infiéis (Les Infidèles, França 2012): Os cartazes do novo filme de Jean Dujardin, o vencedor do Oscar de Melhor Ator por “O Artista”, foram retirados de circulação na França. De acordo com a ARPP (Autoridade de Regulação Profissional da Publicidade) francesa, que recebeu denúncias acerca do conteúdo dos posters, as conotações sexuais são inaceitáveis. A legenda do cartaz diz: “Entrei numa reunião”!

5. Pagando Bem, Que Mal Tem? (Zack and Miri Make a Porno, EUA 2008): Apesar dos atores Seth Rogen e Elizabeth estarem vestidos até o pescoço no poster desta comédia de costumes, a insinuação de sexo oral não desceu goela abaixo da MPAA, que condenou a arte promocional. Os liberais canadenses veicularam os cartazes sem problemas.

4. Ali G Indahouse – O Filme (Ali G Indahouse, Reino Unido 2002): Antes de “Borat”, Sasha Baron Cohen já fazia sucesso na Inglaterra com Ali G, um rapper politicamente incorreto ao extremo. Proibido no Reino Unido pela BBFC (sigla em inglês para Conselho Britânico de Classificação de Filmes) depois de ter recebido muitas queixas, o cartaz do longa traz o personagem metido a engraçadinho fazendo jus ao sobrenome artístico “Indahouse”.

3. Shame (Reino Unido 2011): Para ilustrar a condição do protagonista do premiado Shame – um sujeito viciado em sexo – a equipe de marketing bolou um genial poster minimalista que traz o título do filme escrito em… esperma! O controverso cartaz acabou boicotado no mundo inteiro, exceto na Hungria onde os censores não viram problema em porra nenhuma.

2. A Centopeia Humana 2 (Human Centipede 2: Full Sequence, Holanda/Reino Unido 2011): Depois que seu filme foi banido do Reino Unido e em parte da Europa, o diretor Tom Six resolveu chutar o pau da barraca e encomendou este horripilante cartaz para promover o longa na terra do Tio Sam. O poster circulou a internet, mas foi proibido de ser usado como propaganda impressa nos cinemas dos EUA.

1. O Povo Contra Larry Flint (The People Vs. Larry Flint, EUA 1996): O cartaz desta cinebiografia de Larry Flint é tão polêmico e controverso quando seu biografado, o criador e editor da revista erótica Hustler, sucesso de vendas no mundo inteiro. A MPPA desceu o cacete no poster e o proibiu por sexualidade excessiva, subversão dos valores morais e seu cunho religioso ofensivo.