7. Taxidermia

Áustria/França/Hungria, 2006. Direção: György Pálfi.

Apesar de conter cenas de difícil digestão, que envolvem escatologia, remoção de órgãos, sexo explícito, mutilação e todos os tipos de perversão – tudo envolvendo muita carne, sangue e detalhes bizarros – este longa tem atmosfera de produção artística. Não foi à toa que arrecadou quase 20 prêmios em festivais internacionais na Europa, Ásia e EUA. Em função das imagens surreais, o diretor húngaro György Pálfi vem levantando comparações com David Cronenberg e Luis Buñuel. Assim como nas produções dos cineastas citados, quem tem estômago fraco ou não gosta de nada fora do convencional foge deste filme que conta a história de três gerações de uma família problemática da Hungria.

6. Bad Biology

Estados Unidos, 2008. Direção: Frank Henenlotter.

Jennifer é uma fotógrafa de apetite sexual insaciável “graças” aos seus sete clítoris(!). Não afeita a preservativos, a cada relação ela dá á luz um mutante deformado que nasce poucas horas após o coito. Apenas o jovem Glen é capaz de saciá-la: ele possui um caralho gigante  – produzido através do uso de drogas e produtos químicos – que tem vida própria e quer sexo 24 horas por dia. Trash cômico e absurdo dirigido pelo esquisito Frank Henenlotter, o mesmo criador dos igualmente bizarros Frankenhooker 90 e Basket Case.

5. Grotesque

Gurotesuku. Japão, 2009. Direção: Kôji Shiraishi.

O filme se passa, quase em sua totalidade, dentro de uma sala de tortura. Um casal acorda acorrentado por uma espécie de Dr. Frankenstein japonês, que se delicia em ficar arrancando pedaços alternadamente dos dois, fazendo o cônjuge assistir a barbaridade em turnos alternados. Muito sangue jorra exageradamente (como gostam os nipônicos), além de apresentar uma das cenas de estupro mais chocantes do cinema.

4. Canibal Holocausto

Cannibal Holocaust. Itália, 1980.

O longa conta a história de um grupo de documentaristas que viaja aos confins da Amazônia a fim de documentar a vida dos índios canibais. A missão é um fracasso e uma equipe chefiada por um antropologista é enviada para resgatá-los. Ele consegue recuperar as latas de filme perdidas, que revelam o destino dos cineastas desaparecidos. Sob suspeitas de se tratar de um filme snuff, esta produção precária repleta de cenas chocantes (leia-se desmembramentos, tortura, estupro) levou o seu diretor Ruggero Deodato ser preso. Apesar de ter sido inocentado dessas acusações, o filme foi proibido na Itália, Reino Unido, Austrália e em vários outros países devido à sua representação gráfica gore, violência sexual e a inclusão de seis mortes reais de animais.

3. Atrás do Vidro

Tras El Cristal. Espanha, 1978. Direção: Agustín Villaronga.

Perturbador e moralmente ambíguo, o psicodrama espanhol de Agustín Villaronga é um exercício cinematográfico de depravação humana. Na trama, um ex-médico nazista e pedófilo, sente-se culpado após torturar e assassinar sua última vítima e se joga de um telhado. Anos mais tarde, agora confinado em um pulmão de aço(!), aceita como enfermeiro, sem saber, um garoto que também foi uma de suas vítimas no passado. O jovem, obviamente, vai fazê-lo passar muitas sessões de tortura psicológica. Banido em diversos países e responsável pela evacuação de salas de exibição em festivais onde conseguiu ser exibido, não é um filme indicado para pessoas sensíveis ou fracos de coração.

2. Saló: 120 Dias de Sodoma

Salò: O Le 120 Giornate di Sodoma. Itália/França, 1976. Direção: Pier Paolo Pasolini.

Na província de Saló no norte de Itália que estava controlada pelos nazistas em 1944, quatro altos dignitários reúnem jovens italianos numa mansão para passar por uma experiência tenebrosa inspirada nas obras do Marquês de Sade: o Círculo das Taras, o Círculo da Merda e o Círculo do Sangue. O que vem a seguir é um verdadeiro show de horrores com direito a cenas de submissão, sexo, violência e escatologia. Realizado por um agressivo Pier Paolo Pasolini, Saló é uma critica metafórica e voraz ao fascismo que dominou o país durante a Segunda Guerra. A catarse explícita e incômoda atinge em cheio o estômago.

1. Serbian Film

Srpski Film. Sérvia, 2010. Direção: Srdjan Spasojevic.

Ex-ator de filmes pornográficos, com problemas financeiros e uma família para sustentar, aceita retornar ao antigo trabalho após uma oferta irrecusável, sem saber do que realmente se trata o filme e das intenções doentias do realizador por trás dele. Apaixonado pelo cinema americano dos anos 70, o demente diretor Srdjan Spasojevic explicou que este trabalho é uma metáfora enaltecendo a corrupção em seu pais, a Sérvia, e uma homenagem a Martin Scorsese e Brian De Palma. Homenagem, o caralho! O longa ultrapassa os limites do tolerável com suas tenebrosas cenas de tortura, degradação humana, violência sexual e psicológica. Não recomendável para quem tem filhos ou pretende tê-los.