O seriado The Good Doctor vem sendo uma das grandes sensações da TV americana 2017/18, batendo recordes de audiência nos Estados Unidos e atraindo espectadores por todo o mundo. A primeira temporada do seriado que tem o Dr. Shaun Murphy (Freddie Highmore, ex-Bates Motel) já terminou e o público está ansioso pela próxima. O papel valeu a Highmore a indicação de Melhor Ator para o Globos de Ouro.

Quando chegará ao Brasil?

O canal que trouxer primeiro The Good Doctor para o Brasil, será o equivalente a ganhar um jackpot no NetBet Casino. Não só por conta do sucesso do programa no exterior, mas também pelo repercussão que a série Dr. House teve em terras tupiniquins. Esse é um fato que vem sendo pouco comentado: as semelhanças entre os dois seriados, que têm o mesmo autor.

David Shore e as comparações com House

O roteirista David Shore, de House, MD, é também o criador de The Good Doctor. As semelhanças entre os dois não se resumem apenas ao fato das séries abordarem a medicina, nem por conta do protagonista – esquisitinho, mas genial e ter quase sempre a resposta certa. Em ambos os seriados, o médico é um cara meio “desligado” da sociedade, que não está nem aí para o que os outros pensam dele. Ambos tomam decisões médicas visando apenas o interesse do paciente, sem outras considerações.

Mais do que isso, ambas as séries passam sempre a ideia de que as questões filosóficas são tão ou mais importantes do que as questões médicas. Shore assumiu isso abertamente na época de House; estava mais interessado nas questões éticas, a maneira como os personagens eram colocados em situações em que teriam que tomar decisões difíceis.

Qual a grande diferença?

Além do óbvio – o autismo/savantismo de Murphy X a lucidez cínica de House -, temos outras diferença entre esses dois médicos geniais. Enquanto House não seria tolerado se não estivesse certo, pois suas atitudes e suas afirmações chocam não só os outros personagens como metade do público; com Murphy acontece o contrário. O espectador acaba criando empatia com o personagem, ainda que ele não tenha seja criado para representar todos os autistas, mas só a ele mesmo, como defende Shore.

É como se o próprio título da série (“O Bom Médico”, na tradução literal), fosse uma mensagem subliminar de Shore para o público. “Se House era um médico malvado, conheça agora o bonzinho.”