10. Ben-Hur

Ben Hur. EUA, 2016. Direção de Timur Bekmanbetov.

O Ben-Hur de 1959, considerado um clássico e vencedor de 11 Oscars, já era a terceira adaptação do livro escrito por Lew Wallace. A pergunta é: PRA QUE MAIS UMA ADAPTAÇÃO? Dirigido pelo meia-boca Timur Bekmambetov – que não consegue deixar a câmera parada por mais de cinco segundos sem fazer um corte -, o longa é uma sucessão de erros que começa com a escolha do protagonista – interpretado pelo pouco conhecido Jack Huston – passa pelo roteiro politicamente correto – que troca a alegoria de vingança do clássico por uma história sobre perdão e redenção – até culminar nos risíveis efeitos visuais.

9. Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Warcraft. EUA, 2016. Direção: Duncan Jones.

Há cada dia que passa, ou melhor, a cada novo filme inspirado em um game, eu começo a acreditar que existe mesmo uma maldição rondando essas adaptações. Warcraft tinha tudo para bombar: visual belíssimo, personagens marcantes e uma trama que poderia render criticas à temas atuais. Mas o que encontramos na tela é um longa irritante, com roteiro problemático, CGI exagerado e desprovido de emoção.

8. Inferno

Inferno. EUA, 2016. Direção: Ron Howard.

Baseado no livro homônimo de Dan Brown lançado em 2013, Inferno é mesmo um inferno. Para o espectador. A primeira vista, parece que todos os envolvidos – inclusive o protagonista vivido por um desconfortável Tom Hawks – estão ali para cumprir uma obrigação contratual. Os personagens estereotipados demais, se perdem em suas motivações e não capturam a simpatia do espectador. A trama, contada numa quantidade exagerada de flashbacks e esmiuçada nos mínimos detalhes, é capaz de provocar narcolepsia.

7. Alice Através do Espelho

Alice Through The Looking Glass. EUA, 2016. Direção: James Bobin.

Assim como seu antecessor, Alice Através do Espelho tem poucas referências ao livro de Lewis Carroll. Verdadeiro desperdício cinematográfico em todos os sentidos, com um roteiro sem imaginação, efeitos visuais desastrosos, sem ritmo, personagens rasos e atuações no piloto automático (para não dizer irritantes), talvez nem mesmo a fidelidade literária salvasse essa inútil sequência do retumbante fracasso.

6. 31

31. EUA, 2016. Direção: Rob Zombie.

Depois de um interessante início de carreira, o roqueiro pseudo-cineasta Rob Zombie, vem fazendo uma bomba atrás da outra. Financiado através de crowdfunding – visto que nenhum estúdio bota mais fé no sujeito -, 31 é sua hecatombe nuclear. Descaradamente uma mistura mal-sucedida de The Running Man: O Sobrevivente (1987) e Uma Noite de Crimes (2013), os maiores “atrativos” do longa são seus personagens caricatos, diálogos deprimentes, gore apelativo e um Malcolm McDowell pagando mico de aristocrata.

5. Deuses do Egito

Gods of Egypt. EUA, 2016. Direção: Alex Proyas.

Para quem curte uma micareta, o carnaval fora de época, Deuses do Egito é uma ótima opção. Temos aqui um desfile de fantasias de todos os tipos, personagens caricatos, efeitos visuais deploráveis e um samba enredo ruim de doer. O mestre sala e a porta bandeira deste épico de fantasia são Gerard Butler e Nikolaj Coster-Waldau, deuses egípcios envolvidos numa série de intrigas palacianas. Aventura genérica, o longa provocou polêmica antes mesmo da sua estreia – por apresentar atores brancos nos papeis de uma história ambientada no Oriente.

4. Os Dez Mandamentos

Os Dez Mandamentos. Brasil, 2016. Direção: Alexandre Avancini.

Tosca em todos os sentidos – edição apressada, cenários genéricos, figurinos pouco condizentes, atuações caricatas e efeitos visuais vergonhosos – a versão cinematográfica da novela da Record é o filme que mais vendeu ingressos no Brasil em 2016. Com suas quase 300 horas criadas para a TV editadas em duas horas de cinema, o épico bíblico parece ter sido dirigido pelo saudoso Dr. Enéas – “Meu Nome é Enéas!” – visto a velocidade com que as coisas se desenrolam.

3. O Caçador e A Rainha do Gelo

The Huntsman Winter’s War. EUA, 2016. Direção: Cedric Nicolas-Troyan.

Branca de Neve e o Caçador já era um filme marrom menos e o que dizer dessa sequência insossa? Fantasia descabida, mal escrita e descartável, O Caçador e A Rainha do Gelo é um desperdício de dinheiro e elenco. Salva-se o visual belíssimo no meio de uma trama tediosa que é um misto de prequel e continuação. Festival de clichês, ainda que o filme acertasse, o fato é que ninguém está interessado na vida pregressa do caçador interpretado por Chris Hemsworth e muito menos na cosplay de Elsa vivida por Jessica Chainstain.

2. Esquadrão Suicida

Suicide Squad. EUA, 2016. Direção: David Ayer.

A expectativa é uma bitch. Diversas vezes eu senti vontade de abandonar a sessão de Esquadrão Suicida. E deveria ter feito isso, porque restaria em minha memória apenas a lembrança do ótimo trailer, embalado por Bohemian Rhapsody, música do Queen. Difícil acreditar como a Warner deixou esse filme bagunçado, com roteiro bobão, cenas de ação sem sal e atuações exageradas chegar aos cinemas. Ainda mais difícil é acreditar que essa joça arrecadou quase US$ 800 milhões mundialmente!

1. 50 Tons de Preto

Fifty Shades of Black. EUA, 2016. Direção: Michael Tiddes.

Marlon Wayans é um velho conhecido, figurinha carimbada em nossas listinhas de piores do ano. Pode parecer implicância minha com o ator, mas não é. Quem tem implicância é o próprio Wayans, que insiste nessas paródias sem graça de blockbusters. As suas tentativas desesperadas em ser cômico são vergonhosas, vide o nível das piadas. E olha que adoro um politicamente incorreto. Apelativo e constrangedor ao extremo, não há uma piada sequer que se aproveite nesse lixo cinematográfico.