10. Renascida do Inferno (The Lazarus Effect)

Mistura de Re-Animator e Frankenstein, com um roteiro que combina elementos científicos e paranormais, este longa tinha potencial, mas se mostra preguiçoso e incapaz na execução de sua premissa. Na trama, jovens pesquisadores descobrem um soro capaz de trazer animais de volta à vida. Porém, eles voltam bem sinistros, como se estivesse possuídos pelo capeta. Quando uma cientista do grupo sofre um acidente e morre, eles não pensam duas vezes antes de injetar o tal líquido na mulher. Atuações medíocres, roteiro mais furado que um queijo suiço e com muita baboseira difícil de engolir, The Lazarus Effect só não consegue ser pior porque tem apenas 83 minutos de duração.

9. O Sétimo Filho (Seventh Son)

Liberdades criativas em adaptações literárias são admitidas desde que justifiquem as adequações para o cinema. Mas este é o menor dos problemas de O Sétimo Filho, baseado em As Aventuras do Caça-Feitiço, de Joseph Delaney, que preservou apenas o nome dos protagonistas, alterando praticamente tudo. Ainda assim, o filme seria perdoado se entregasse algo interessante. Não é o caso. A história do caçador de criaturas malignas, em busca de um aprendiz para enfrentar uma bruxa poderosa resvala em mesmice, não decola em momento algum, mesmo com a presença dos oscarizados Jeff Bridges e Julianne Moore, que trabalham no automático e disparam a todo momento diálogos infantiloides.

8. Trocando os Pés (The Cobbler)

Confesso que ao assistir o trailer deste filme, esperava algo decente, mesmo em se tratando de uma fita estrelada por Adam Sandler. Minha esperança foi destroçada logo nos primeiros minutos. Com um roteiro ridículo, completamente desprovido de inteligência, a “comédia” é uma colcha de retalhos de outros filmes (ruins) protagonizados pelo ator, com uma pegada mais dramática. Na trama, ele vive um sapateiro dono de uma máquina de costura mágica que permite a quem usar os sapatos modificados nela se transformar nos donos dos calçados. O que poderia ser uma fantasia engenhosa nas mãos de um Spike Jonze da vida, vira uma bobagem descartável com final desastroso.

7. Sob O Mesmo Céu (Aloha)

Quem em sã consciência diria que Cameron Crowe, o responsável por obras queridas como Jerry Maguire (1996) e Quase Famosos (2000), um dia iria aparecer numa lista dessas. Pois é, o mundo dá voltas. Assim como o piloto militar Brian Gilcrest (Bradley Cooper) que após uma operação desastrada, é afastado da força aérea americana e vai trabalhar para uma empresa privada no Havaí. Personagens cartunescos, situações vexatórias, diálogos desconexos e uma trama bobinha (com direito a um romance açucarado) afundam o filme. Não bastasse, o longa ganhou protestos extras pela “falta de diversidade”, trazendo um elenco predominantemente branco e o fato de usar a palavra “Aloha”, uma espécie de saudação sagrada entre os havaianos, como título.

6. Super Velozes Mega Furiosos (Superfast!)

O objetivo de toda paródia é ridicularizar estereótipos dos personagens utilizando o exagero como recurso. Mas ao fazer isso utilizando humor rasteiro e piadas de quinta categoria com a saga Velozes e Furiosos, esta comédia conseguiu a façanha de se tornar uma caricatura de si mesmo. A trama segue a mesma linha da série de ação, onde os personagens tem o mesmo nome dos atores do filme original: Vin, Paul, Jordana e Michelle. Uma ideia sagaz que se perde com tantas outras, visto a quantidade de tiradas óbvias e piadas xexelentas que se repetem à exaustão até perderem o apelo.

5. Superpai (Idem)

Um homem de meia idade desempregado (Danton Melo), metido a jogador de pôquer, que vive um momento familiar complicado, se envolve em muitas confusões ao deixar o filho pequeno numa creche enquanto vai a festa de veteranos de sua ex-escola. Na tentativa de emular padrões hollywoodianos, a comédia fracassa miseravelmente, apresentando muitas piadas forçadas e situações sem graça que chegam a ser constrangedoras (para o elenco e quem assiste). Não faltam também momentos escatológicos (envolvendo fluídos corporais), diálogos bisonhos e um roteiro covarde que tem medo de abraçar sua proposta de ser politicamente incorreto.

4. O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending)

Nesta superprodução megalomaníaca, os Irmãos Washowski torraram quase US$ 200 milhões para contar uma história sem um pingo de originalidade que kiba ideias de O Quinto Elemento, Duna, Guerra nas Estrelas e até mesmo Matrix: O planeta Terra foi transformado numa enorme plantação, onde humanos são cultivados a fim de serem processados em uma forma de líquido que prolonga a vida de uma civilização extraterrestre. A coisa muda quando uma figura importante para os aliens reencarna numa terráquea, provocando um grande rebuliço espacial. Cenas de ação burocráticas e exaustivas, atuações preguiçosas, figurinos toscos, enfim, uma total perda de tempo.

3. Hitman: Agente 47 (Hitman: Agent 47)

O game homônimo da IO Interactive já havia ganhado um longa meia-boca em 2007 e essa nova adaptação fecha de vez a tampa do caixão, eliminando as chances do jogo ter uma carreira prolífera nos cinemas. O roteiro capenga acompanha a jornada de violência perpetrada pelo Agente 47 (Rupert Friend, da série Homeland), o assassino de elite imbatível. Seu objetivo é impedir uma mega-corporação de desvendar o seu passado e criar um exército geneticamente modificado (assim como ele). Trama pífia, cenas de ação desprovidas de originalidade, personagens desinteressantes, erros grotescos e frases de efeito sem sentido são os ingredientes deste filme ridículo.

2. O Imperador (Outcast)

A opinião do Oriente sobre Nicolas Cage é outra – não foi a toa que ele foi escolhido Melhor Ator do ano pelos chineses em 2014 – e, talvez por isso, eles achem que a presença do cara num épico medieval vá “levantar” a produção. Ledo engano. Imperador é uma pedrada atrás da outra, com cenas de ação vergonhosas, diálogos deprimentes e atuações que beiram o amadorismo. A trama conta a história de dois (malvados) cavaleiros templários que decidem ajudar uma dupla de irmãos a recuperar a dinastia do pai assassinado, como forma de redenção. Roteiro, direção, elenco, equipe técnica… nada aqui funciona.

1. Quarteto Fantástico (The Fantastic Four)

Os problemas com a nova adaptação dos heróis da Marvel dirigida por Josh Trank (Poder Sem Limites) começaram antes de seu lançamento, com brigas internas, demissões, refilmagens e até afastamento do diretor. O resultado final reflete este clima pesado dos bastidores: após um primeiro ato interessante, o longa descamba numa trama previsível com momentos vexaminosos, reviravoltas mequetrefes, efeitos especiais horrendos e soluções absurdas (no pior sentido da palavra) que tratam o público feito idiota e revelam o total descaso do estúdio com o produto que tinha em mãos.