Filmes de Macho

O Dia Internacional do Homem é celebrado no dia 19 de Novembro, mas no Brasil a comemoração acontece no dia 15 de julho. Independente do mês, o fato é que pouca gente sequer sabe da existência desta data, festejada desde 1992. Sendo assim, esta lista com “filmes de macho” é uma espécie de compensação pelos anos anteriores que “passamos batidos” por este dia tão icônico. Divirta-se com estes longas estrelados por “bastiões” da masculinidade cinematográfica, dez “clássicos” da “macheza” que compensam a “falta” do roteiro com uma boa dose de porrada, tiros, explosões, sangue e palavrão.

10. Mandando Bala (Shoot ‘Em Up, EUA 2007): Ação descerebrada, repleta de cenas absurdas onde raramente uma arma é recarregada.Em um beco escuro, o misterioso Sr. Smith (Clive Owen) tenta salvar uma mãe que acaba de dar à luz. Infelizmente, a jovem morre num tiroteio e Smith fica com o recém-nascido em seus braços. Determinado a protegê-lo, ele descobre que a criança é o alvo de um assassino profissional e sua quadrilha interminável de capangas. Disposto a descobrir o motivo para tal crueldade, ele acaba se envolvendo numa conspiração armamentista. Enquanto mastiga uma cenoura(!) aqui e outra acolá, vai exterminando os inimigos na mesma proporção em que faz piadinhas sarcásticas.

Frase épica: “Sabe por que uma arma é melhor que uma esposa? Você pode colocar um silenciador numa arma”.
Cena antológica: Ao ser surpreendido por inimigos enquanto faz sexo, protagonista não “desgruda” da parceira enquanto dispara sua arma (em várias posições).

9. Desejo de Matar 3 (Death Wish 3, EUA 1985). No longa original, Charles Bronson descia a porrada nos bandidos usando uma meia com moedinhas de 10 centavos. No segundo, o dublê de arquiteto e justiceiro Paul Kersey utiliza um taco de beisebol e um revólver. Aqui, o personagem é uma incansável máquina de matar que lida com armas de todos os calibres e até um RPG para explodir os membros de uma gangue que mataram seu amigo. Exagerado e absurdo, Bronson – que estava com 63 anos na época – não tem a menor dificuldade em eliminar 60 inimigos sem ao menos suar a camisa.

Frase Épica: “É como matar baratas – se você não matar todas, de que adianta?”
Cena Antológica: Bronson mata o bandido conhecido como “Risadinha” como uma Wildey Magnum .475 (arma capaz de derrubar um rinoceronte) e é aplaudido pela população que presenciou a cena.

8. Clube da Luta (Fight Club, EUA 1999): Sujeito entediado com a rotina, resolve abdicar de tudo para levar uma vida contra a sociedade bem comportada. Para tanto, monta um clube underground de luta num lugar onde os membros, todos homens, se enfrentam para liberar as tensões e os problemas do dia a dia. Não importa quem vença, no final do round, os dois lados sentem que passaram por uma sessão terapêutica. A medida que a sociedade secreta vai ganhando mais adeptos, os propósitos do grupo crescem, ameaçando a estabilidade nas ruas.

Frase épica: “Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que lutar!”
Cena antológica: Para não ser demitido, Edward Norton dá uma surra em si próprio(!) no escritório do chefe, que assiste a cena pasmo.

7. Tropa de Elite (Brasil, 2007): No papel do Capitão Nascimento, líder de um esquadrão do BOPE, Wagner Moura ganhou status de “Chuck Norris”, chamou à atenção dos produtores internacionais e virou meme na internet. Na trama, ele vive um policial que pretende deixar a corporação mas antes disso precisa encontrar um substituto à altura. A tarefa fica mais difícil quando ele recebe a missão de “apaziguar” o morro do Turano por conta da visita do Papa ao Brasil. Incorruptível e macho pacas, Nascimento não leva desaforo para casa nem se incomoda em utilizar de artifícios “pouco ortodoxos” como tática investigativa.

Frase épica: “Pede para sair, pede para sair!”
Cena antológica: Nascimento dá uma lição de moral (a base de tabefes) em um playboy que estava comprando droga no morro.

6. 300 (300, EUA 2006): A história do longa é baseada num fato histórico que ficou conhecido como A Batalha das Termópilas, ocorrido por volta de 480 A.C. e aborda conceitos como honra, glória e coragem, combustível para um pequeno grupo de trezentos espartanos que decide enfrentar milhares de inimigos persas comandados pelo Rei Xerxes (Rodrigo Santoro). Adaptação da graphic novel Os 300 de Esparta (1998), escrita por Frank Miller, este filme eletrizante protagonizado por Gerard Butler é testosterona pura, recheado de batalhas sangrentas e um festival de tanquinhos (que enchem os olhos da mulherada).

Frase épica: “Isso é Esparta!!!”
Cena antológica: O Rei Leônidas, nada diplomático, atira um mensageiro persa em um grande poço enquanto grita a frase acima.

5. Rambo III (Rambo III, EUA 1988): Entre os filmes da franquia, é nesta sequência ridícula que o personagem interpretado por Sylvester Stallone se supera. Refugiado em um mosteiro budista(!), em busca de paz espiritual(!!), Rambo, que havia renunciado à violência(!!!), imediatamente muda de ideia quanto seu mentor, o Coronel Trautman (Richard Crenna), é capturado pelos soviéticos, durante a ocupação do Afeganistão. Em sua jornada, o brucutu vai à guerra e literalmente ganha ela sozinha (outra vez) em mais uma obra panfletária da Era Reagan.

Frase épica: “-Um homem contra um exército. Você pensa que ele é Deus? -Não. Deus teria misericórdia. Rambo não terá.”
Cena antológica: O protagonista enfrenta um adversário mano a mano usando luvas improvisadas com cacos de vidro colados.

4. Conan, O Bárbaro (Conan The Barbarian, EUA 1982): No primeiro filme relevante de sua carreira, o ex-governator dá um “show” de interpretação (monossilábica) no papel do guerreiro cimeriano criado por Robert E. Howard para as histórias em quadrinhos. O personagem é um bárbaro rude, guiado por um desejo de vingança feroz, com zero paciência para as sutilezas do mundo “civilizado”, focado em aventura, comida e sexo, não necessariamente nesta ordem. Prepare-se para muita brutalidade, cabeças rachadas e membros dilacerados.

Frase épica: “O melhor da vida é destruir seus inimigos, vê-los sucumbindo e ouvir o lamento de suas esposas.”
Cena antológica: Numa época em que os maus-tratos aos animais no cinema era “permitido”, Conan dá um soco na cabeça de um cavalo que cai no chão desmaiado.

3. Stallone Cobra (Cobra, EUA 1986): Ao contrário do que possa parecer, Sly não interpreta um cobrador de impostos no filme, mas um policial durão chamado Marion Cobretti encarregado de proteger uma bela modelo (Brigitte Nielsen, que viria a se tornar sua esposa e trocá-lo por uma mulher) perseguida por uma seita que mata as pessoas sem nenhum motivo aparente. Clássico do cinema descerebrado e casca-grossa da década de 1980, o longa provocou bastante polêmica na época do seu lançamento pela extrema violência e por trazer um agente da lei que fazia justiça com as próprias mãos.

Frase épica: “Você é a doença. Eu sou a cura”.
Cena antológica: Stallone cortando uma pizza com tesoura e comendo sem tirar as luvas.

2. Invasão USA (Invasion USA, EUA 1985): O mito Chuck Norris é mais lembrado por seus papeis como Braddock e o texas ranger Walker, mas é nesta pérola da Era Reagan que ele atinge seu grau mais fodástico. Aqui ele interpreta um ex-agente da CIA chamado Matt Hunter, que não hesita em enfiar uma faca na mão de um vilão durante um “interrogatório” e prefere explodir os inimigos em pedacinhos ao invés de levá-los à Justiça. Quando os russos decidem invadir os Estados Unidos e o prefeito de Miami declara estado de sítio, ele passa a patrulhar a cidade, despachando SOZINHO os vilões (que usam até tanques de guerra) com apenas duas metralhadoras.

Frase épica: “Uma noite você vai fechar os olhos e quando abrir eu estarei lá. Será sua hora de morrer.”
Cena antológica: Num tráfego intenso, Norris arranca uma bomba que estava grudada num ônibus infantil e “devolve” aos terroristas.

1. Comando Para Matar (Commando, EUA 1985): A expressão “exército de um homem só” nunca se encaixou tão bem como em John Matrix, personagem vivido por Schwarzenegger nesta comédia involuntária que é um festival de truculência, frases de efeito e cenas absurdas. Ele é um coronel aposentado do exército que vive no meio do mato arrancando árvores como quem cuida de ervas daninhas e zelando por sua filhinha querida. Quando a garota é sequestrada por um ex-ditador latino-americano que espera recuperar o poder chantageando Matrix, o feitiço vira contra o feiticeiro com Arnold partindo para cima do vilão e eliminando SOZINHO seu batalhão inteiro – 127 inimigos.

Frase épica: “Ei Sully, lembra quando eu disse que ia lhe matar por último? Eu menti”.
Cena antológica: A cena em que o personagem de Schwarza surge pela primeira vez, carregando sobre os ombros um tronco de árvore gigantesco.