7. Thanatomorphose

Canada, 2012. Direção: Éric Falardeau.

Depois de uma noite de sexo, mulher encontra várias feridas estranhas em seu corpo. A jovem fica chocada ao descobrir que, em lugar de se curar, seu corpo está apodrecendo de dentro para fora. Apesar desta estranha condição, seu desejo sexual aumenta e o que não faltam são parceiros dispostos a transar com ela, mesmo em estado de decomposição avançado. Filme doentio cujas cenas de sexo sangrentas e nojentas (feridas abertas, ossos expostos, vagina apodrecida) são capazes de embrulhar o estômago do espectador mais habituado a este tipo de fita.

6. August Underground’s Mordum

EUA, 2003. Direção: Jerami Cruise, Killjoy, Michael Schneider, Fred Vogel e Cristie Whiles.

Dois perturbados amigos endemoniados pela bebida e pelas drogas trazem um outro cara para juntos realizarem assassinatos aleatórios. Eles sequestraram amantes lésbicas e casais no intuito de torturá-los de todas as formas que o espectador possa imaginar. Segundo filme de uma trilogia de muito mau gosto onde estupro, necrofilia, violência, sangue e muita nojeira fazem parte do cardápio. Degolações explícitas e pessoas brincando com fezes são as cenas mais leves. Sórdido e realista ao extremo, este snuff movie simulado é indicado APENAS para quem curte degradação humana.

5. Santa Sangre

México/Itália, 1989. Direção: Alejandro Jodorowsky.

Filho do atirador de facas de um circo surta após ver seu pai decepar os braços de sua mãe, uma malabarista-fanática-religiosa. Catatônico, ele é internado num hospício onde passa longos anos. Depois de se “recuperar”, já adulto, passa a se apresentar com sua mãe (por quem nutre uma obsessão) fazendo bizarras apresentações artísticas. Quem conhece a obra do mestre Alejandro Jodorowsky sabe que esta sinopse simplória é apenas a ponta do iceberg do que está por vir. Onírico, erótico, delirante e e cheio de metáforas sobre traumas familiares, não faltam também no filme muitos personagens bizarros, entre eles, uma mulher completamente tatuada, uma imensa praticante de luta-livre, uma mímica surda e muda, anões e outras referências ao mundo circense, paixão do diretor desde criança.

4. Viva La Muerte

França/Tunísia, 1971. Direção: Fernando Arrabal.

Durante a guerra civil espanhola, garoto sofre pelo desaparecimento de seu pai comunista. Mais tarde, descobre que foi sua mãe católica ferrenha e nacionalista quem entregou seu pai às autoridades. A partir daí, o moleque passa a experimentar um grande conflito expresso através de impressionantes imagens do seu inconsciente que vão desde desconcertantes fantasias edipianas até sonhos de extrema violência (com direito a mutilações, torturas e escatologias). Dirigido pelo poeta e romancista Fernando Arrabal, este filme sádico e visualmente chocante é, na verdade, uma crítica mordaz a Igreja Católica e ao regime fascista (1939-1975) de Francisco Franco.

3. Sweet Movie

Alemanha/Canadá/França, 1974. Direção: Dusan Makavejev.

Esta obra polêmica cheia de surrealismos e escatologias conta paralelamente as histórias de duas mulheres. A primeira vence o concurso de “Miss Virgindade”, casa-se com um milionário decrépito, mas o deixa porque ele não gosta de sexo convencional. O sujeito só se satisfaz urinando na pobre garota. Sua vida ganha novo ritmo quando ela vai a Europa, onde se envolve com um roqueiro drogado e posteriormente com um grupo comunista austríaco que desenvolve a arte de mutilação do corpo. A segunda mulher comanda um barco que carrega doces, crianças e homens, e está apaixonadíssima por um refugiado do encouraçado Potemkim. Toda a intensidade dos comportamentos no navio se baseia somente em sexo e política, até o limiar da insanidade. Ousado, gráfica e conceitualmente, o longa do iugoslavo Dusan Makavejev é uma metáfora crítica ao capitalismo e o comunismo, sistemas que o diretor não acreditava muito.

2. Naked Blood

Nekeddo burddo Megyaku. Japão, 1995. Direção: Hisayasu Sato.

Um jovem cientista, filho de uma médica decide usar três das pacientes da sua mãe como cobaias para seu novo experimento científico, um analgésico capaz de transformar dor em prazer. Uma das garotas é obcecada por comida, a outra é narcisista e a terceira sofre de insonia. Detalhe: a invenção tem um efeito colateral peculiar que faz com que as doentes sintam enorme volúpia após se magoar fisicamente. Dirigido por Hisayasu Sato, uma das figuras mais destacadas do cinema extremo nipônico, este longa desconfortante é capaz de mexer até com o mais preparado dos apreciadores do gênero. Só para você ter uma ideia, numa das cenas mais lights do filme, a jovem que sofre de Transtorno do Comer Compulsivo, arranca e devora seu olho esquerdo, isso depois de já ter saboreado seus pequenos dedos (fritos).

1. Campo 731 – Bactérias, a Maldade Humana

Men Behind The Sun / Hei Tai Yang 731. China, 1988. Direção: Tun Fei Mou.

Semi-documentário fortíssimo que relata as atrocidades cometidas pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial. A equipe conhecida como Esquadrão 731 (especializado em armas químico-biológicas), utilizava prisioneiros como cobaias em “experimentos médicos” totalmente desvairados. Entre as cenas mais aterradoras, estão a de um homem cujo intestino é expelido pelo ânus e outro onde um gato vivo é devorado por milhares de ratos famintos. Dissecações, torturas e outras crueldades também fazem parte desta obra estarrecedora sobre a obscuridade da natureza humana.