Mamonas Assassinas

Os Mamonas Assassinas, banda de rock-paródia que se tornou um sucesso meteórico nos anos 1990, vai ganhar uma cinebiografia. O projeto foi anunciado por Cláudio Kahns (mesmo diretor e produtor do documentário Mamonas Para Sempre) após o bom resultado de “Somos Tão Jovens” nas bilheterias nacionais. A produção será da Fox Channel que até já escalou o intérprete do irreverente Dinho, líder do grupo. O escolhido foi o ator e apresentador Rodrigo Faro, conhecido do grande público por suas participações em novelas e programas de TV.

Faro, que é gaiato por natureza, também já se aventurou na música quando era jovem e atualmente faz covers de artistas num quadro humorístico do seu programa “O Melhor do Brasil”. Em entrevistas, o apresentador revelou surpresa e honra pelo convite, afirmando que sempre foi fã da banda. A produção do filme está programada para começar no ano que vem, mas ainda não foram reveladas maiores informações nem o restante do elenco.

“Vira-Vira”, “Pelados em Santos” e “Robocop Gay” são algumas das músicas que transformaram Os Mamonas Assassinas numa sensação entre crianças e adolescentes entre julho de 1995 e março de 1996. Nestes sete meses, as rádios e TVs foram invadidas pelas canções satíricas desta turma, que misturavam punk rock com gêneros populares, como forró, pagode e axé. A banda era formada por Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli. Tragicamente, os rapazes foram vítimas de um acidente aéreo fatal no auge de suas carreiras.

Ao que tudo indica, depois das comédias estreladas por globais, as cinebiografias vão se tornar o novo filão do cinema nacional. Projetos sobre Tim Maia, Charlie Brown Jr., Marina Silva, Frank Aguiar, entre outros, estão em desenvolvimento. Um filme sobre a banda paraense Calypso (com Deborah Secco) também deve chegar às telas em breve, diferentemente do que chegou a ser veiculado nos sites, afirmando que a produção havia sido cancelada após a polêmica em que se envolveu a vocalista e líder do grupo, Joelma, ao disparar declarações consideradas preconceituosas para com a comunidade gay.