Temendo que o ator britânico Sasha Baron Cohen, criador dos politicamente incorretos Ali G, Borat e Bruno, fizesse algum tipo de presepada constrangedora na cerimônia do Oscar – semelhante a que aprontou no MTV Movie Awards de 2009, quando esfregou as nádegas no rosto do rapper Eminem, para divulgar Bruno -, a Academia de Hollywood resolveu proibir o sujeito, que participa da produção A Invenção de Hugo Cabret, de ir a premiação.

Baron Cohen, marketeiro de nascença, aproveitou o banimento para gravar um divertido comunicado onde, caracterizado como o tal Almirante General Aladeen, personagem do seu novo filme O Ditador, ameaça a Academia de Hollywood: “Vocês sofreram consequências inimagináveis se não devolverem os ingressos para que eu possa ir ao Oscar!”. Confira:

Se a ameaça funcionou ou não, o fato é que a entidade mudou de ideia – provavelmente em busca de maior audiência – e Cohen acabou liberado para comparecer ao evento. Na noite de domingo (26/02), Sacha pisou no tapete vermelho do Kodak Theatre usando o uniforme militar do comandante da fictícia República de Wadiya, acompanhado por duas moças de sua tropa e segurando uma urna funerária onde garantia trazer as cinzas do ex-líder da Coreia do Norte King Jong-il.

Indagado pelo entrevistador Ryan Seacrest quem era seu estilista, respondeu: “Galliano (demitido da Dior por comentários racistas). Mas as meias são da Kmart (um supermercado barato dos EUA). Uma vez, Saddam Hussein me disse ‘meias são meias, não gaste dinheiro com isso”. E continuou, soltando mais picardias: “O Oscar dá a oportunidade de trazer meu querido amigo e dupla no tênis, Kim Jong Il. Ele sonhava em vir ao evento e passar a mão no tapete vermelho e no peito da Halle Berry”.

No final da entrevista ao apresentador norte-americano do American Idol, Sacha simulou um desequilíbrio e derrubou parte das “cinzas” no smoking de Ryan. “Se alguém perguntar o que você está vestindo, pode responder ‘Kim Jong Il'”, brincou o comediante, imediatamente expulso do lugar por um grupo de seguranças. Confira o vídeo com a pataquada:

Com sua estreia no Brasil prevista para maio, O Ditador conta a história de um general “que arrisca a vida para garantir que a democracia nunca volte para um povo que oprime com tanto amor”. Assim como os longas anteriores protagonizados pelo comediante, o longa vai misturar atores e reações de pessoas reais na visita do general Aladeen a Nova York.