Alguns bons filmes como O Lutador de Daren Aronofsky e Gran Torino de Clint Eastwood não foram considerados para esta lista. Apesar de lançados no Brasil no inicio do ano, são produções de 2008.

10. Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans): Esta refilmagem de um longa policial de 1992, traz a melhor interpretação de Nicolas Cage em anos! Palmas para o diretor alemão Werner Herzog que soube conduzir com maestria este conto moderno sobre a desordem social e moral em que vivemos atualmente.

9. Atividade Paranormal (Paranormal Activity): Não há muito mais o que comentar sobre este suspense de um diretor estreante que custou apenas 11 mil dólares, arrecadou mais de 100 milhões nas bilheterias americanas e dividiu o público brasileiro no melhor estilo ame-o ou odeie-o.

8. Star Trek (Star Trek): Eu sou daqueles que sempre preferiram Star Wars a Star Trek. Parabéns para o Sr. J. J. Abrams (o homem por trás do seriado Lost) e sua trupe que souberam “atualizar” a franquia sem barbarizar muito com sua mítica, agradando trekkies e troianos. Esta nova versão é um verdadeiro tônico revigorante, ou como diria o crítico Érico Borgo do Omelete, “um Tonoclen vulcaniano, um Viagra romulano”.

7. Watchmen (Watchmen) – Acusado de ser um longa-metragem sem emoção pelos que não conheciam a graphic novel escrita por Alan Moore e desenhada por David Gibbons, esta talvez seja a melhor e mais fiel adaptação de uma história em quadrinhos já feita para o cinema.

6. Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works): Não é o melhor longa da carreira de Woody Allen, mas ainda assim bem mais interessante que outros filmes de 2009. Incrível ver como as críticas à hipocrisia do moralismo religioso (cristianismo, no caso) podem render piadas antológicas e ainda continuam válidas hoje em dia.

5. Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds): Só o prólogo de 10 minutos já garantiriam um lugar na lista para esta obra-prima de Tarantino. Inteligente, ainda que mantido rigorosamente simples, o roteiro investe no elenco internacional, trazendo gratas surpresas como o sensacional Christoph Waltz. Quentin prova mais uma vez que é senhor de seu ofício e que todos estamos subjugados a ele.

4. Up – Altas Aventuras (Up): Impressionante como o Estúdio Pixar se supera a cada nova animação, seja na técnica, seja no roteiro. O novo longa novamente transcende conceitos como “idade” e “gênero”. Tendo oito ou oitenta anos, não há como não se deliciar e se identificar com as aventuras do rabugento personagem Carl Fredericksen.

3. Avatar (Avatar): Jim Cameron conseguiu novamente. Seu novo filme é mais um marco na história do cinema: visualmente impecável, narrativamente bom e tecnologicamente estonteante. Uma experiência cinematográfica como antes nunca vista (isso mesmo, o marketing não é exagero!) que ainda vai dar muito pano para a manga. E que venham os Oscars!

2. Distrito 9 (District 9): Argumento inventivo, atuações surpreendentes, efeitos visuais incríveis.  Sobram elogios para a obra de estreia do sul-africano Neil Blomkamp, “afilhado” do mago Peter Jackson. O orçamento reduzido não impediu o diretor de criar uma das melhores ficções científicas deste novo século, seja por causa da sua trama recheada de críticas sociais, seja pela inovadora linguagem utilizada no gênero.

1. Preciosa – Uma História de Esperança (Precious): Desde sua primeira exibição em maio no Festival de Cannes, este drama independente produzido por Oprah Winfrey vem arrebanhando prêmios por onde passa e deve concorrer ao Oscar nas principais categorias. Impossível não se sensibilizar com a triste história da adolescente negra, obesa, analfabeta e grávida do segundo produto do incesto cometido por seu pai alcóolatra. A revista Variety estava certa quando afirmou que Precious é “como um diamante — claro, brilhante, mas muito duro”.