Assisti hoje Watchmen. Achei FANTÁSTICO. Uma das melhores adaptações feitas das HQ (também gosto muito de O Cavaleiro das Trevas). As quase três horas de projeção passam voando e a alteração do final feita pelo diretor Zack Snyder (condenada por alguns fãs radicais da graphic-novel) não estraga o filme nem compromete sua essência.

Endosso o que escreveu o crítico de cinema Érico Borgo, do Omelete:

O cineasta (Zack Snyder) fez o que muitos consideravam impossível – não apenas transformou a brilhante história de Alan Moore e os traços clássicos de Dave Gibbons em um filme, mas manteve intactas suas ideias. Watchmen, afinal, é muito mais do que um gibi de super-heróis, é um universo de discussões sociais, morais, artísticas, bélicas, governamentais… humanas. A cada passo do projeto Snyder jamais esqueceu disso e aos poucos convenceu todos ao seu redor da importância desses temas para o universo que aquelas estranhas pessoas de colante (ou sem) habitam.

Como a própria graphic novel, Watchmen – O Filme não é uma experiência para ser digerida de uma única vez. É o tipo de obra que exige amadurecimento e análise. Correndo o risco de parecer um vidente charlatão, acredito que estamos diante do Blade Runner de nosso tempo, um filme que será duramente criticado enquanto durar nas telas, mas que será reverenciado futuramente, quando a poeira assentar e o processamento das ideias ali contidas for esmiuçado em livros e artigos.

Recomendo a todos.